ENTREVISTA – Cacá Ribas e Katty King no AOIHS 2010 – pouco antes de conquistar o 4º posto no GP OI Final do Global Champions Tour; fonte: Grand Prix TV
Aquecer os cavalos antes de uma competição é boa técnica.
Apesar de existir pouca informação sobre os benefícios do aquecimento antes de qualquer actividade física que envolva esforço, é sempre aconselhável fazê-lo. Alguns cavaleiros preferem sessões de aquecimento de baixa intensidade, enquanto outros preferem fazê-lo executando exercícios inerentes à própria competição.
Os aquecimentos de baixa intensidade consistem em exercícios de extensão e elasticidade tais como circular, espádua a dentro e movimentos de flexibilidade. Como exemplo de sessões de alta intensidade temos o galopar antes de uma corrida, voltas apertas e paragens repentinas e violentas.
Alguns cavaleiros preferem concentrar-se na preparação mental; outros utilizam métodos passivos tais como lâmpadas de aquecimento e massagens. Seja qual for o método, os objectivos do aquecimento de um cavalo são aumentar a sua capacidade para a competição, reduzindo o risco de lesões.
Pouco se sabe sobre os benefícios específicos do aquecimento antes do exercício propriamente dito. Os fisiólogos têm opiniões divergentes sobre os possíveis benefícios na investigação em humanos. Esta investigação em atletas humanos sugere que o aquecimento melhora a velocidade em corrida, a flexibilidade e a força em certas partes do corpo. Todavia, o tempo de reacção ao estímulo não parece ser afectado. Enquanto a velocidade nos ‘sprints’ e corridas de fundo pode melhorar, a agilidade não.
A pouca investigação feita com cavalos sugere que o aumento de rendimento provocado por uma sessão de aquecimento pode advir de um aumento de energia disponível e sua utilização. Esta investigação sugere que os maiores benefícios vão para os cavalos que fazem um trabalho do tipo aeróbico.
Existem várias formas para que o aquecimento possa aumentar o rendimento de um cavalo.
Grande parte da matéria em questão baseia-se em provas práticas dadas por treinadores, devido ao facto de existirem poucos estudos sobre o assunto.
A investigação demonstrou que cinco minutos de trabalho de 60 a 70% de intensidade (160 a 170 pulsações por minuto) levam o baço a lançar glóbulos vermelhos no sistema circulatório. Estes levam oxigénio aos músculos, onde pode ser utilizado nos sistemas orgânicos de utilização de energia. Todavia, o baço é controlado pelo sistema endócrino.
A contracção do baço pode no entanto surgir por mera antecipação do aumento do exercício. Por esse motivo, o trabalho pode ser necessário para fazer com que haja como resposta um aumento de glóbulos vermelhos no sangue.
Também se concluiu que o aquecimento pode aumentar a utilização de ácidos gordos levando a uma diminuição da produção de ácido láctico no trabalho subsequente. Os ácidos gordos têm de ser utilizados em sistemas especiais de utilização de energia que dependem da utilização do oxigénio. Os ácidos gordos são utilizados em trabalho pouco puxado onde o cavalo mantém as pulsações entre os 150 e 160 por minuto.
A glicose é utilizada como fonte de energia em trabalho muito intenso pelos sistemas utilizadores de oxigénio no organismo que não produzirem a quantidade de energia necessária com a rapidez necessária. A produção de glicose pode diminuir na ausência de oxigénio, mas quando isso acontece o subproduto é o ácido láctico. Este é um ácido forte que tem sido relacionado com o cansaço e dores musculares.
A subida da temperatura do músculo através do aquecimento pode diminuir a viscosidade na sua unidade central do músculo e aumentar a velocidade de intercâmbios de oxigénio e consequentemente as reacções que fazem parte das vias de fornecimento desse mesmo oxigénio. O exercício suave aumenta ligeiramente a temperatura, tendo como resultado provável um aumento de velocidade na contracção dos músculos.
O consumo de oxigénio aumenta mais rapidamente no início do trabalho, quando houve um aquecimento prévio; este aumento pode melhorar o metabolismo aeróbico (com utilização de oxigénio). Nos humanos, o exercício intenso sem um período prévio de aquecimento mostrou levar a batimentos cardíacos anormais.
Os exercícios suas de extensão podem beneficiar a amplitude de movimentos e coordenação motora, aumentando a elasticidade dos tendões e ligamentos que circundam as articulações, especialmente nos cavalos que tenham sofrido lesões na zona articular. Opostamente os aquecimentos inadequados podem aumentar as lesões musculares.
As aplicações de calor passivo (lâmpadas de aquecimento) podem ajudar, facilitando o movimento de uma articulação dorida ou reduzindo a inflamação em zonas superficiais do corpo. No entanto a aplicação de frio sob a forma de duche suave pode beneficiar a função circulatória.
O frio provoca a contracção vascular periférica e possivelmente uma vasodilatação reflexa dentro dos músculos; estas funções aumentam a quantidade de sangue disponível para os tecidos activos.
Os cavalos respondem bem ao trabalho consistente e repetitivo; o aquecimento pode providenciar uma base para a preparação mental para uma competição importante. Um dos aspectos mais importantes dos períodos de aquecimento é a possibilidade de se poder determinar se o cavalo está bem fisicamente antes de se lhe exigir um esforço. A análise dos andamentos, a sua atitude e a avaliação das pulsações, são indicadores valiosos para se poder avaliar se o cavalo está capaz para a prova que lhe é destinada.
Apesar de não existir qualquer estudo que possa especificar os benefícios do aquecimento, existe evidência suficiente para sugerir que o aquecimento trás benefícios na prevenção de lesões e na “performance“. Por outro lado não haverá qualquer desvantagem se os aquecimentos forem curtos, de forma a não promoverem a fadiga.
Fechando
o centenário concurso de Aachen na Alemanha, considerado a meca do
hipismo mundial, 40 conjuntos (cavalo / cavaleiro) top mundiais
largaram no Rolex GP de Aachen nesse domingo, 18/7. Ao todo o evento,
em que foram disputadas cinco modalidades entre 9 e 18/7, reuniu mais
353 mil expectadores, dos quais 51 mil compareceram ao último dia de
competições.
Como não poderia deixar de ser, a disputa do GP – sob dois percursos
a 1.60 metro com armação de Frank Rothenberger – foi de altíssimo
nível. Vinte conjuntos fizeram pista limpa na primeira passagem e
outros quatro voltaram a zerar a segunda, presenteando o público com um
emocionante desempate.
Pouco mais de dois milésimos de segundo separaram o campeão do
segundo colocado. A vitória no Rolex GP de Aachen coube ao campeão
olímpico e atual líder do ranking mundial Eric Lamaze, 42, e seu
garanhão sela holandês Hickstead, no auge da forma aos 14 anos de
idade. Eric e Hickstead cruzaram a linha de chegada com pista limpa em
51s62 conquistando, de quebra, a primeira vitória canadense no GP de
Aachen.
O
atual número 1 do mundo Eric Lamaze com seu Hickstead, conjunto campeão
olímpico 2008, garantem a primeira vitória canadense no GP de Aachen
“Todo cavaleiro sonha com uma vitória no GP de Aachen. Essa
conquista e a medalha de ouro olímpica são os títulos máximos em minha
carreira”, comemorou Lamaze. “O Hickstead tinha pouco menos de oito
anos quando o compramos. Agora ele está com 14 e eu penso que ele é o
melhor cavalo da minha vida. Para mim, ele sempre foi especial!”
Eric Lamaze e Hickstead nas honrarias da cerimônia de premiação do Rolex GP de Aachen
O segundo posto foi para o suíço Pius Schwizer com a égua Carlina,
de apenas 9 anos, também sem faltas em 51s86. Com 57s55 e mais um
percurso perfeito, o espanhol Sérgio Alvarez Moya, de apenas 25 anos,
levou o sela belga Action-Breaker ao terceiro posto.
O top suiço Pius Schwizer e Carlina emplacaram em segundo lugar
A tricampeã da Copa do Mundo e do GP de Aachen 2005, Meredith
Michaels Beerbaum e seu espetacular Shutterfly, de 17 anos, cometeu
dois derrubes em 54s81, obtendo o quarto posto pela Alemanha. Na quinta
colocação aparece o atual campeão europeu, o francês Kewin Staut com
Kraque Boom, mais rápido entre os conjuntos com uma falta na segunda
passagem.
Meredith Michaels Beerbaum, norte-americana que defende a Alemanha, com seu Shutterfly. uma lenda viva no esporte
Sempre entre as grandes estrela em Aachen, a amazona paulista que
defende Portugal Luciana Dinz e o garanhão sela belga Winningmood
obtiveram a honrosa sexta colocação, também com derrube. O garanhão
Winningmood de 11 anos recém veio para sela de Luciana e entre suas
principais conquistas está o quarto posto na Copa do Mundo 2010.
Luciana Diniz e Winningmood: conjunto em franca ascensão entre os tops mundiais; foto arquivo
No seguimento do grave acidente ocorrido com a cavaleira de topo, a norte-americana Courtney King-Dye, na qual a amazona sofreu uma fractura craniana quando treinava um cavalo novo na sua quinta em Wellington, o Dressage Committee da Federação Equestre Internacional, recomenda fortemente, o uso de capacetes protectores durante os treinos e nas pistas de aquecimento,dos concursos internacionais de dressage.
Os cavaleiros de ensino podem, se assim o desejar, participar em provas com capacetes protectores.
O cavaleiro norte-americano Michael Morrissey foi suspenso por três meses e recebeu um cartão amarelo e a desclassificação retroactiva pelo uso excessivo do chicote na prova 101 no CSI 2 * Wellington realizada em 27 de Fevereiro de 2010.
Morrissey também foi sujeito a uma multa de CHF 2000. A suspensão em provas da FEI será de 5 de Maio a 4 de Agosto, em simultâneo com uma suspensão de três meses imposta pela Federação Equestre dos Estados Unidos (USEF).
“Peço desculpas por este incidente”, disse Morrissey. “Eu exagerei quando o cavalo parou e isso é imperdoável. O bem-estar do cavalo deve ter precedência sobre os interesses competitivos e eu sei que foi uma violação desse princípio básico. “
A emoção tomou conta do brasileiro Marcelo Alexandre da Silva nesta sexta-feira, 2 de julho, em Pompadour, na França. Cavaleiro de adestramento e em seu 4º Grand Prix montando Signo dos Pinhais, ele conquistou o 2º e definitivo índice que o coloca como candidato a ocupar uma vaga na inédita equipe de adestramento que representará o Brasil nos Jogos Equestres Mundiais de Kentucky, Estados Unidos, em setembro.
No Grand Prix do CDI3* “Pompadour Dressage Horses Collection” a juíza canadense Cara Whitham avaliou em 64,681% o desempenho do brasileiro. O índice mínimo é de 64% em nota atribuída por juiz de nível olímpico. Se confirmado no time, Marcelo Alexandre será o único a montar um cavalo nascido no Brasil. O Puro Sangue Lusitano Signo dos Pinhais é de criação da Coudelaria Alegria dos Pinhais, de Itapetininga (SP), propriedade de Luiz Ermírio de Moraes.
Thaisa Tavares de Almeida montando o também Lusitano Riopele também buscava o 2º índice no Grand Prix do CDI3* de Pompadour, mas não conseguiu e segue em competições pela Europa. A competição contou com participação de 35 competidores de 14 países.
A inédita equipe de adestramento no Mundial
Realizados a cada quatro anos e em sua 6ª edição, os Jogos Equestres Mundiais serão realizados pela primeira vez fora da Europa. A competição, que estreou em Estocolmo, Suécia, em 1990, vai reunir este ano cerca de mil atletas de mais de 60 países competindo em oito diferentes modalidades.
O evento acontece entre 25 de setembro e 10 de outubro em Lexington, Kentucky, nos Estados Unidos, com público de 800 mil pessoas e transmissão para outras 500 milhões em todo o mundo, inclusive para o Brasil pelo Canal Rural.
O Brasil marca presença nos Jogos Equestres Mundiais desde 1990, mas pela primeira vez o País será representado com equipes em sete das oito modalidades. O adestramento, que só teve uma única amazona nos Jogos de Jerez de La Frontera, Espanha, em 2002, chega aos Estados Unidos como equipe.
No adestramento, já conquistaram dois ou mais índices os atletas olímpicos Luiza Tavares de Almeida e Rogério Silva Clementino que montam, respectivamente, Samba e Portugal, animais da raça Lusitana, a amazona mineira radicada na Europa Renata Costa Rabello montando o Sela Holandês Ludewig G e Marcelo Alexandre da Silva com o também Lusitano Signo dos Pinhais.
A juventude do hipismo nacional, entre 10 e 12 anos, disputou, entre 5 e 10/7, o Campeonato Brasileiro de Saltos Mirim, categoria de alto rendimento da Confederação Brasileira de Hipismo. O evento foi juntamente com o Brasileiro das categorias Pré-junior, Junior e Young Rider, no Helvetia Riding Center, recém inaugurada entidade modelo em Indaiatuba.
A disputa que contou com boa participação – 45 conjuntos (cavalo / cavaleiro) de sete Estados – Brasília, Bahia, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Amazonas, Paraná e São Paulo – teve o alto nível técnico. Na 1ª parcial, disputada ao cronômetro, quem largou na frente foi o brasiliense Said Felix com Nutrina Keep Jumping Dom Z, seguido pela campeã paulista Giulia Scampini com Angel. Ao todo, nada menos que oito conjuntos garantiram pista limpa.
Na 2ª prova disputada sob dois percursos identicos definiu o placar por equipes:ouro para São Paulo com Emyr Diniz Costa Neto / Enadine Tok Fernando Chiarotto Penteado / Império HV, Sarah Rocha Vasconcellos / El EL Cid e Giulia dal Canton Scampini / Angel – RCLI.
Já a liderança vinha em mãos dos paulistas Fernando / Arriminum, Gustavo / JRC Rodelta e da baiana Christine Albiani Alves / Corinna MN Comercial Ramos Faz Atleta.
Na terceira e decisiva rodada, o placar novamente mostrou alto nível técnico com 10 conjuntos sem faltas empatados na 1ª colocação. “Eles vêm evoluindo ao longo da competição. Estou muito satisfeita com o desempenho deles”, avaliou Marina Azevedo, course-designer internacional responsável pelas pistas das categorias Mirim e Junior.
Ao final foram dois os candidatos sem faltas que garantiram um emocionante desempate com atenção total do publico. Primeiro a largar, o jovem talento de Campinas Gustavo Marafon Lopes de Lima, o Guga, com sua JRC Rodelta com muita frieza e categoria imprimiu boa velocidade fazendo pista limpa em 29s03.
Gustavo Mafrafon e sua JCR Rodolta em clique espetacular: foto: Duilio Tupa Vídeo
Com toda a responsabilidade de superá-lo, Fernando Chiarotto Penteado com Arriminum TW acabou cometendo duas faltas em 30s06 sagrando-se vice-campeão. O cavaleiro da Hípica Paulista também chegou em 3º colocado com Império HV, mas, pela regra por já ser vice, subiu ao pódio na 4ª colocação por não poder desempatar com Christina e Corrinna MN, que também fechou a competição em 3º.
O vice-campeão campeão brasileiro Fernadno Chiarotto Pentedo seu com Império honrou as cores de São Paulo; foto: Duilio / Tupa Vídeo
A Double H Farm, o patrocinador norte-americano do brasileiro Rodrigo Pessoa, acaba de adquirir a égua Hanoveriana de 10 anos Ashley (x Acorado) da Ecurie d’Ecaussines. Ashely foi montada pelo italiano Giulia Martinengo Marquet, recentemente com o belga Jos Lansink disputou provas com muito bons resultados.
Ashley não é o único produto da Ecurie d’Ecaussines a seguir para os E.U.A. o seu irmão pleno, o garanhão Radco d’Houtveld (Darco x Larome) que também foi adquirido pela Double H Farm, vai evoluir sob a sela de Quentin Judge, sócio de Cayce Harrison. A Ecaussines será responsável pela comercialização exclusiva do sémen na Europa.
Na tarde deste ultimo sábado, 19/6, o Grande Prêmio Grupo Gerdau – Troféu Roberto Luis Joppert, a 1.50 metro, foi a grande atração da 39ª Copa São Paulo, na Sociedade Hípica Paulista (SP). Coube ao sempre competitivo que defende São Paulo, Francisco José Mesquita Musa, o Musa, campeão do ranking senior 2009 da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), montando Premiere Xindoctro Método, o título de vencedor
Francisco Musa com seu BH Premiere Xindoctro Método, de apenas 8 anos, campeão do GP Copa São Paulo 2010; foto: Bell Pulgas / Tupa Vídeo
Ao todo, 44 conjuntos iniciaram na primeira passagem do GP, idealizado pelo course-designer internacional Guilherme Jorge. Com oito conjuntos sem faltas .
Assim ficou o resultado final .
FRANCISCO JOSE MESQUITA MUSA 1° FABIO SARTI 2° LOURENCO VIEIRA DA SILVA 3° MARCOS RIBEIRO DOS SANTOS 4°
O Hipódromo Manuel Possolo recebe o “GCT, Grande Prémio de Portugal de Hipismo”, a 6ª etapa do Global Champions Tour, o circuito internacional mais cotado do Mundo, nos dias 1, 2 e 3 de Julho.
O GCT, Grande Prémio de Portugal de Hipismo – o concurso nacional de maior prestigio -, conta com 30 dos 35 cavaleiros mais bem classificados do ranking mundial, entre os quais campeões olímpicos, mundiais e europeus. Destaque para as presenças de Jos Lansink, campeão do mundo; Kevin Staut, campeão europeu; Pius Schwizer, actual n.º 1 mundial, e de Marcus Ehning, tri-campeão da Taça do Mundo.
Paralelamente e pela primeira vez, terá lugar um CSI Childrens e um CSI de uma estrela.
O Estoril é considerado pelos cavaleiros como uma das melhores etapas do GCT. A crescente visibilidade e notoriedade do evento tornam inequívoca a importância deste na projecção mundial da imagem e das suas valências do Destino Estoril.
fonte : equisport -pt
Posteriormente postaremos os resultados dos Brasucas no evento ,
Doda , Bernardo ,Luis Felipe e Rodrigo devem participar .