ENTREVISTA – Cacá Ribas e Katty King no AOIHS 2010 – pouco antes de conquistar o 4º posto no GP OI Final do Global Champions Tour; fonte: Grand Prix TV
Da autoria de Dr. Luís Miguel Atayde e Dr. Mário Galiza Mendes apresentamos um artigo sobre um tema recorrente na equitação – a claudicação (manqueira). Sendo um problema frequente nos cavalos de desporto, é de extrema importância saber identificar o seu aparecimento, sendo por vezes uma tarefa difícil, que exige algum treino e sensibilidade por parte do observador seja veterinário, cavaleiro ou proprietário.
autoria: Dr.Luís Miguel Atayde | Dr.Mário Galiza Mendes
A claudicação poderá ser detectada tanto pelas alterações que provoca no andamento normal do cavalo, com poderá ser sentida pelo cavaleiro, devido às dificuldades e resistências que possam surgir no cavalo ao realizar determinados exercícios.
Quando observamos os andamentos do cavalo, deveremos faze-lo tanto de frente como de perfil e de trás (fig. 1). Para detectarmos a claudicação normalmente visualizamos o cavalo a trote, pois a passo só se visualizam claudicações de grau elevado.
Para facilitar a detecção de uma claudicação será importante estarmos familiarizados do modo como se processa o andamento normal do cavalo.
O trote é um andamento em que o membro posterior esquerdo chega ao solo ao mesmo tempo que o anterior direito, seguindo-se um período de suspensão, chegando de seguida o membro posterior direito e anterior esquerdo simultaneamente ao solo.
Caracterizamos assim, o trote como um andamento saltado, porque tem um período de suspensão; de dois tempos (batidas) porque se ouve os membros a tocar no solo por duas vezes antes de se completar um ciclo; e por fim, é um andamento diagonal porque os membros que chegam no mesmo tempo ao solo são diagonais (posterior esquerdo / anterior direito e posterior direito / anterior esquerdo) (fig. 2).
Perante uma claudicação temos que descobrir qual o membro que está doloroso. Durante o apoio do membro afectado o cavalo vai tentar aliviar a força de embate no solo, provocando alterações visíveis na locomoção.
Uma das alterações que podemos observar é o elevar da cabeça (fig. nº 3A), no caso da dor se localizar num membro anterior, ou o elevar da garupa (fig. n.º 3B), no caso da dor se localizar num membro posterior, quando o membro afectado embate no solo.
Estas claudicações em que o cavalo contrabalança com o movimento da cabeça / garupa para aliviar o peso no membro afectado, são as mais fáceis de detectar, mas nas claudicações mais ligeiras poderá este movimento não ser observado.
Outra alteração que o observador deverá estar atento é a força de embate do membro no solo, podendo esta força ser avaliada pelo grau de extensibilidade do boleto. No apoio do membro sem dor, verificamos que o boleto fica mais estendido e mais baixo, quando comparamos com o apoio do membro com dor (fig. nº 4).
Também, devido às diferentes forças de apoio dos membros, poderemos ouvir o som provocado pela batida com uma intensidade menor ou maior, consoante o membro afectado ou o saudável chegam ao solo, sendo este som mais alto quando a força de embate é maior, por conseguinte quando o membro saudável bate no solo.
Outro ponto que o observador deverá estar atento, é na possibilidade de erro de diagnóstico quando se tenta detectar uma claudicação.
O erro comum deve-se ao facto do apoio dos membros no trote ser feito por diagonais, levando isto a que se possa confundir a claudicação em diagonal, por exemplo um cavalo com dor no membro posterior direito, alivia o peso quando a diagonal posterior direito anterior esquerdo chega ao solo, podendo neste caso a claudicação do posterior direito ser erroneamente diagnosticada como uma claudicação do anterior esquerdo.
Poderemos ter vários tipos de claudicação, numas a dor acontece quando o membro embate no solo (claudicação do membro de apoio), noutras a dor surge quando o membro se desloca no ar (claudicação do membro em suspensão) (fig. nº 5).
Normalmente as claudicações do membro de apoio devem-se a problemas ósseos ou articulares das extremidades distais dos membros, estruturas estas mais forçadas no apoio do membro. Enquanto as claudicações do membro em suspensão são provenientes na maior parte das vezes de problemas a nível muscular / ligamentar da parte proximal do membro ou das articulações proximais (ombro e soldra), estruturas estas mais forçadas quando o membro se desloca no ar.
Estes dois tipos de claudicação, comportam-se de maneira diferente em determinados tipos de exercícios. No caso das claudicações do membro de apoio vão ser exacerbadas nos círculos em que o membro afectado se encontra do lado de dentro, isto porque os membros do lado de dentro do círculo suportam mais peso e efectuam mais força no embate com o solo, isto tanto devido à encurvação ao lado de dentro como à força centrípeta. Já as claudicações do membro em suspensão são exacerbadas nos círculos em que o membro afectado se encontra do lado de fora, isto porque os membros do lado de fora têm que fazer um círculo com um diâmetro maior tendo assim uma deslocação mais ampla (fig. nº 6).
Muito importante para ajudar no diagnóstico de uma claudicação é, em simultâneo, o veterinário compreender os dados que o cavaleiro fornece, e o cavaleiro saber transmitir os dados ao veterinário. Isto porque, muitas claudicações poderão ser ligeiras no exame clínico de rotina, mas sentidas pelo cavaleiro como dificuldades que o cavalo apresenta ao longo do trabalho.
No trabalho a trote os membros que suportam mais peso são os do lado da encurvação. Quando temos uma claudicação o cavaleiro poderá sentir dificuldades no trabalho a trote para a mão em que o membro afectado se encontra do lado dentro. Por exemplo um cavalo com dor no membro anterior esquerdo poderá ter dificuldades no trabalho para a mão esquerda, pesar na rédea esquerda, ter uma resistência e ficar “duro” à esquerda (fig. nº 7). Uma defesa que o cavalo poderá adoptar, quando se encurva para o lado do membro que lhe dói, é fixar a garupa do lado dentro e assim transmitir o peso e força de apoio para a espádua de fora (fig. n.º 8).
Nas claudicações do membro em suspensão, o cavalo terá dificuldades nos alargamentos de trote, principalmente quando são feitos num círculo em que o membro afectado se encontra do lado de fora (fig. n.º 9).
Para compreendermos as dificuldades que o cavalo poderá ter no galope, deveremos estar familiarizados de como se processa este andamento em condições normais. O galope é um andamento saltado, porque tem um período de suspensão. Tem três batidas (tempos), sendo a primeira batida realizada quando posterior do lado de fora chega ao solo, a segunda batida quando a diagonal posterior de dentro e anterior de fora chagam ao solo, e por fim a terceira batida quando anterior de dentro chega ao solo (fig. nº. 10). Os membros mais forçados no galope são os que chegam sozinhos ao solo (posterior de fora e anterior de dentro) (fig. nº 10) e os membros que dão a impulsão (empurram) no galope são o anterior e posterior de fora.
Por exemplo um cavalo com uma claudicação do membro posterior esquerdo, vai apresentar dificuldades a sair a galope para a direita, pois no galope para a direita, o posterior esquerdo (de fora) vai ser o mais forçado (fig. n.º 11 c). No galope para a direita vai desunir-se passando a primeira batida a ser realizada pelo posterior direito, a segunda batida posterior esquerdo anterior esquerdo e a terceira batida anterior direito, assim o cavalo alivia o esforço do membro posterior esquerdo, deixando este de apoiar sozinho no solo (fig. n.º 12). O cavalo vai ter dificuldades nas passagens de mão da esquerda para a direita, precipitando o galope ou atrasando o posterior, devendo-se isto ao facto do cavalo passar a apoiar o membro dolorido sozinho no solo.
Um cavalo com claudicação de um membro anterior, tem tendência a picar o galope quando galopa para o lado contrário ao da mão afectada, isto porque, o membro anterior de fora em conjunto com o posterior de fora serem os membros que mais impulsão imprimem ao galope, estando o membro anterior de fora lesionado essa impulsão será limitada e o cavalo em vez de sair para diante cai sobre as espáduas (fig. n.º 13)
Conheça a história de sucesso desta pequena ponei shetland, abandonada após o furacão Katrina
Molly – ajudando a quem precisa
Conheça a história de sucesso de Molly!
Molly é uma égua (ponei) da raça shetland, que foi abandonada pelos seus donos quando o furacão Katrina atingiu o sul da Louisiana. Ela passou semanas perambulando solta antes de finalmente ter sido resgatada e levada a uma fazenda onde animais abandonados estavam aglomerados. Enquanto esteve lá, ela foi atacada por um cão pitbull terrier e quase morreu. Sua pata direita dianteira mordida se infecionou, e seu veterinário buscou ajuda na LSU, mas a LSU estava sobrecarregada, e esta égua estava abandonada.
Você sabe como estas coisas são.
Mas após o cirurgião Rustin Moore encontrar Molly, ele mudou de idéia. Ele observou como a égua era cuidadosa ao se deitar em lados diferentes para não desenvolver feridas, e como ela deixava que as pessoas cuidassem dela. Ela protegia sua pata machucada, mudando constantemente seu peso para não sobrecarregar a pata boa. Ela era um animal inteligente com uma grande ética de sobrevivência.
Moore concordou em amputar sua pata abaixo do joelho, e construiram um membro artificial temporário. Molly saiu caminhando da clínica e sua história realmente começa aqui.
“Este era o cavalo certo com um dono certo” – Moore insiste. Molly foi uma paciente especial. Ela era muito resistente, mas ao mesmo tempo doce, e tentava colaborar mesmo sentindo dor. Ela compreendia que estava em dificuldades. Além do mais, conseguiu uma nova dona que realmente se dedicou a providenciar os cuidados diários necessários por toda a vida do animal.
A história de Molly tornou-se uma parábola de vida na Louisiana pós-Katrina…
Esta pequena égua ganhou peso e sua crina ganhou mãos que a penteasse.
Um desenhista de prótese humana construiu sua perna. O protético deu à Molly uma nova vida, diz Dra. Allison Barca, veterinária de Molly.
E ela pede ajuda. Ela estende sua pata amputada, e vem até você pedindo que coloque a prótese no lugar. Algumas vezes ela quer que a prótese seja retirada.
O mais importante de tudo – Molly tem um novo trabalho. Kay, a proprietária da fazenda de resgate,começou a levar Molly a abrigos, hospitais, asilos e centros de reabilitação em qualquer lugar onde ela via que as pessoas precisavam de esperança. Aonde Molly ia, ela mostrava às pessoas sua pata. Ela inspirava as pessoas e se divertia fazendo isso. ” É óbvio que Molly tem um grande papel a desempenhar na vida” – Moore disse. “Ela sobreviveu ao furacão, já sobreviveu a um grave ferimento e agora está passando esperança para outras pessoas”.
Aquecer os cavalos antes de uma competição é boa técnica.
Apesar de existir pouca informação sobre os benefícios do aquecimento antes de qualquer actividade física que envolva esforço, é sempre aconselhável fazê-lo. Alguns cavaleiros preferem sessões de aquecimento de baixa intensidade, enquanto outros preferem fazê-lo executando exercícios inerentes à própria competição.
Os aquecimentos de baixa intensidade consistem em exercícios de extensão e elasticidade tais como circular, espádua a dentro e movimentos de flexibilidade. Como exemplo de sessões de alta intensidade temos o galopar antes de uma corrida, voltas apertas e paragens repentinas e violentas.
Alguns cavaleiros preferem concentrar-se na preparação mental; outros utilizam métodos passivos tais como lâmpadas de aquecimento e massagens. Seja qual for o método, os objectivos do aquecimento de um cavalo são aumentar a sua capacidade para a competição, reduzindo o risco de lesões.
Pouco se sabe sobre os benefícios específicos do aquecimento antes do exercício propriamente dito. Os fisiólogos têm opiniões divergentes sobre os possíveis benefícios na investigação em humanos. Esta investigação em atletas humanos sugere que o aquecimento melhora a velocidade em corrida, a flexibilidade e a força em certas partes do corpo. Todavia, o tempo de reacção ao estímulo não parece ser afectado. Enquanto a velocidade nos ‘sprints’ e corridas de fundo pode melhorar, a agilidade não.
A pouca investigação feita com cavalos sugere que o aumento de rendimento provocado por uma sessão de aquecimento pode advir de um aumento de energia disponível e sua utilização. Esta investigação sugere que os maiores benefícios vão para os cavalos que fazem um trabalho do tipo aeróbico.
Existem várias formas para que o aquecimento possa aumentar o rendimento de um cavalo.
Grande parte da matéria em questão baseia-se em provas práticas dadas por treinadores, devido ao facto de existirem poucos estudos sobre o assunto.
A investigação demonstrou que cinco minutos de trabalho de 60 a 70% de intensidade (160 a 170 pulsações por minuto) levam o baço a lançar glóbulos vermelhos no sistema circulatório. Estes levam oxigénio aos músculos, onde pode ser utilizado nos sistemas orgânicos de utilização de energia. Todavia, o baço é controlado pelo sistema endócrino.
A contracção do baço pode no entanto surgir por mera antecipação do aumento do exercício. Por esse motivo, o trabalho pode ser necessário para fazer com que haja como resposta um aumento de glóbulos vermelhos no sangue.
Também se concluiu que o aquecimento pode aumentar a utilização de ácidos gordos levando a uma diminuição da produção de ácido láctico no trabalho subsequente. Os ácidos gordos têm de ser utilizados em sistemas especiais de utilização de energia que dependem da utilização do oxigénio. Os ácidos gordos são utilizados em trabalho pouco puxado onde o cavalo mantém as pulsações entre os 150 e 160 por minuto.
A glicose é utilizada como fonte de energia em trabalho muito intenso pelos sistemas utilizadores de oxigénio no organismo que não produzirem a quantidade de energia necessária com a rapidez necessária. A produção de glicose pode diminuir na ausência de oxigénio, mas quando isso acontece o subproduto é o ácido láctico. Este é um ácido forte que tem sido relacionado com o cansaço e dores musculares.
A subida da temperatura do músculo através do aquecimento pode diminuir a viscosidade na sua unidade central do músculo e aumentar a velocidade de intercâmbios de oxigénio e consequentemente as reacções que fazem parte das vias de fornecimento desse mesmo oxigénio. O exercício suave aumenta ligeiramente a temperatura, tendo como resultado provável um aumento de velocidade na contracção dos músculos.
O consumo de oxigénio aumenta mais rapidamente no início do trabalho, quando houve um aquecimento prévio; este aumento pode melhorar o metabolismo aeróbico (com utilização de oxigénio). Nos humanos, o exercício intenso sem um período prévio de aquecimento mostrou levar a batimentos cardíacos anormais.
Os exercícios suas de extensão podem beneficiar a amplitude de movimentos e coordenação motora, aumentando a elasticidade dos tendões e ligamentos que circundam as articulações, especialmente nos cavalos que tenham sofrido lesões na zona articular. Opostamente os aquecimentos inadequados podem aumentar as lesões musculares.
As aplicações de calor passivo (lâmpadas de aquecimento) podem ajudar, facilitando o movimento de uma articulação dorida ou reduzindo a inflamação em zonas superficiais do corpo. No entanto a aplicação de frio sob a forma de duche suave pode beneficiar a função circulatória.
O frio provoca a contracção vascular periférica e possivelmente uma vasodilatação reflexa dentro dos músculos; estas funções aumentam a quantidade de sangue disponível para os tecidos activos.
Os cavalos respondem bem ao trabalho consistente e repetitivo; o aquecimento pode providenciar uma base para a preparação mental para uma competição importante. Um dos aspectos mais importantes dos períodos de aquecimento é a possibilidade de se poder determinar se o cavalo está bem fisicamente antes de se lhe exigir um esforço. A análise dos andamentos, a sua atitude e a avaliação das pulsações, são indicadores valiosos para se poder avaliar se o cavalo está capaz para a prova que lhe é destinada.
Apesar de não existir qualquer estudo que possa especificar os benefícios do aquecimento, existe evidência suficiente para sugerir que o aquecimento trás benefícios na prevenção de lesões e na “performance“. Por outro lado não haverá qualquer desvantagem se os aquecimentos forem curtos, de forma a não promoverem a fadiga.
Triste notícia chocou o mundo do hipismo. Comprado no início deste ano pelo cavaleiro argentino Jose Larocca ( por cerca de EU 5.000.000,00), Oki Dokio famoso KWPN lesionou o tendão durante a etapa do Global Champions Tour em Cannes. Operado com sucesso, parecia estar se recuperando bem até ontem. Os veterinários decidiram então levá-lo para a clínica, em Berna na Suica, mas o cavalo de 14 anos infelizmente não resistiu e morreu de uma infecção desenvolvida no abdômen.
Fechando
o centenário concurso de Aachen na Alemanha, considerado a meca do
hipismo mundial, 40 conjuntos (cavalo / cavaleiro) top mundiais
largaram no Rolex GP de Aachen nesse domingo, 18/7. Ao todo o evento,
em que foram disputadas cinco modalidades entre 9 e 18/7, reuniu mais
353 mil expectadores, dos quais 51 mil compareceram ao último dia de
competições.
Como não poderia deixar de ser, a disputa do GP – sob dois percursos
a 1.60 metro com armação de Frank Rothenberger – foi de altíssimo
nível. Vinte conjuntos fizeram pista limpa na primeira passagem e
outros quatro voltaram a zerar a segunda, presenteando o público com um
emocionante desempate.
Pouco mais de dois milésimos de segundo separaram o campeão do
segundo colocado. A vitória no Rolex GP de Aachen coube ao campeão
olímpico e atual líder do ranking mundial Eric Lamaze, 42, e seu
garanhão sela holandês Hickstead, no auge da forma aos 14 anos de
idade. Eric e Hickstead cruzaram a linha de chegada com pista limpa em
51s62 conquistando, de quebra, a primeira vitória canadense no GP de
Aachen.
O
atual número 1 do mundo Eric Lamaze com seu Hickstead, conjunto campeão
olímpico 2008, garantem a primeira vitória canadense no GP de Aachen
“Todo cavaleiro sonha com uma vitória no GP de Aachen. Essa
conquista e a medalha de ouro olímpica são os títulos máximos em minha
carreira”, comemorou Lamaze. “O Hickstead tinha pouco menos de oito
anos quando o compramos. Agora ele está com 14 e eu penso que ele é o
melhor cavalo da minha vida. Para mim, ele sempre foi especial!”
Eric Lamaze e Hickstead nas honrarias da cerimônia de premiação do Rolex GP de Aachen
O segundo posto foi para o suíço Pius Schwizer com a égua Carlina,
de apenas 9 anos, também sem faltas em 51s86. Com 57s55 e mais um
percurso perfeito, o espanhol Sérgio Alvarez Moya, de apenas 25 anos,
levou o sela belga Action-Breaker ao terceiro posto.
O top suiço Pius Schwizer e Carlina emplacaram em segundo lugar
A tricampeã da Copa do Mundo e do GP de Aachen 2005, Meredith
Michaels Beerbaum e seu espetacular Shutterfly, de 17 anos, cometeu
dois derrubes em 54s81, obtendo o quarto posto pela Alemanha. Na quinta
colocação aparece o atual campeão europeu, o francês Kewin Staut com
Kraque Boom, mais rápido entre os conjuntos com uma falta na segunda
passagem.
Meredith Michaels Beerbaum, norte-americana que defende a Alemanha, com seu Shutterfly. uma lenda viva no esporte
Sempre entre as grandes estrela em Aachen, a amazona paulista que
defende Portugal Luciana Dinz e o garanhão sela belga Winningmood
obtiveram a honrosa sexta colocação, também com derrube. O garanhão
Winningmood de 11 anos recém veio para sela de Luciana e entre suas
principais conquistas está o quarto posto na Copa do Mundo 2010.
Luciana Diniz e Winningmood: conjunto em franca ascensão entre os tops mundiais; foto arquivo
No seguimento do grave acidente ocorrido com a cavaleira de topo, a norte-americana Courtney King-Dye, na qual a amazona sofreu uma fractura craniana quando treinava um cavalo novo na sua quinta em Wellington, o Dressage Committee da Federação Equestre Internacional, recomenda fortemente, o uso de capacetes protectores durante os treinos e nas pistas de aquecimento,dos concursos internacionais de dressage.
Os cavaleiros de ensino podem, se assim o desejar, participar em provas com capacetes protectores.
O cavaleiro norte-americano Michael Morrissey foi suspenso por três meses e recebeu um cartão amarelo e a desclassificação retroactiva pelo uso excessivo do chicote na prova 101 no CSI 2 * Wellington realizada em 27 de Fevereiro de 2010.
Morrissey também foi sujeito a uma multa de CHF 2000. A suspensão em provas da FEI será de 5 de Maio a 4 de Agosto, em simultâneo com uma suspensão de três meses imposta pela Federação Equestre dos Estados Unidos (USEF).
“Peço desculpas por este incidente”, disse Morrissey. “Eu exagerei quando o cavalo parou e isso é imperdoável. O bem-estar do cavalo deve ter precedência sobre os interesses competitivos e eu sei que foi uma violação desse princípio básico. “
A emoção tomou conta do brasileiro Marcelo Alexandre da Silva nesta sexta-feira, 2 de julho, em Pompadour, na França. Cavaleiro de adestramento e em seu 4º Grand Prix montando Signo dos Pinhais, ele conquistou o 2º e definitivo índice que o coloca como candidato a ocupar uma vaga na inédita equipe de adestramento que representará o Brasil nos Jogos Equestres Mundiais de Kentucky, Estados Unidos, em setembro.
No Grand Prix do CDI3* “Pompadour Dressage Horses Collection” a juíza canadense Cara Whitham avaliou em 64,681% o desempenho do brasileiro. O índice mínimo é de 64% em nota atribuída por juiz de nível olímpico. Se confirmado no time, Marcelo Alexandre será o único a montar um cavalo nascido no Brasil. O Puro Sangue Lusitano Signo dos Pinhais é de criação da Coudelaria Alegria dos Pinhais, de Itapetininga (SP), propriedade de Luiz Ermírio de Moraes.
Thaisa Tavares de Almeida montando o também Lusitano Riopele também buscava o 2º índice no Grand Prix do CDI3* de Pompadour, mas não conseguiu e segue em competições pela Europa. A competição contou com participação de 35 competidores de 14 países.
A inédita equipe de adestramento no Mundial
Realizados a cada quatro anos e em sua 6ª edição, os Jogos Equestres Mundiais serão realizados pela primeira vez fora da Europa. A competição, que estreou em Estocolmo, Suécia, em 1990, vai reunir este ano cerca de mil atletas de mais de 60 países competindo em oito diferentes modalidades.
O evento acontece entre 25 de setembro e 10 de outubro em Lexington, Kentucky, nos Estados Unidos, com público de 800 mil pessoas e transmissão para outras 500 milhões em todo o mundo, inclusive para o Brasil pelo Canal Rural.
O Brasil marca presença nos Jogos Equestres Mundiais desde 1990, mas pela primeira vez o País será representado com equipes em sete das oito modalidades. O adestramento, que só teve uma única amazona nos Jogos de Jerez de La Frontera, Espanha, em 2002, chega aos Estados Unidos como equipe.
No adestramento, já conquistaram dois ou mais índices os atletas olímpicos Luiza Tavares de Almeida e Rogério Silva Clementino que montam, respectivamente, Samba e Portugal, animais da raça Lusitana, a amazona mineira radicada na Europa Renata Costa Rabello montando o Sela Holandês Ludewig G e Marcelo Alexandre da Silva com o também Lusitano Signo dos Pinhais.
A juventude do hipismo nacional, entre 10 e 12 anos, disputou, entre 5 e 10/7, o Campeonato Brasileiro de Saltos Mirim, categoria de alto rendimento da Confederação Brasileira de Hipismo. O evento foi juntamente com o Brasileiro das categorias Pré-junior, Junior e Young Rider, no Helvetia Riding Center, recém inaugurada entidade modelo em Indaiatuba.
A disputa que contou com boa participação – 45 conjuntos (cavalo / cavaleiro) de sete Estados – Brasília, Bahia, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Amazonas, Paraná e São Paulo – teve o alto nível técnico. Na 1ª parcial, disputada ao cronômetro, quem largou na frente foi o brasiliense Said Felix com Nutrina Keep Jumping Dom Z, seguido pela campeã paulista Giulia Scampini com Angel. Ao todo, nada menos que oito conjuntos garantiram pista limpa.
Na 2ª prova disputada sob dois percursos identicos definiu o placar por equipes:ouro para São Paulo com Emyr Diniz Costa Neto / Enadine Tok Fernando Chiarotto Penteado / Império HV, Sarah Rocha Vasconcellos / El EL Cid e Giulia dal Canton Scampini / Angel – RCLI.
Já a liderança vinha em mãos dos paulistas Fernando / Arriminum, Gustavo / JRC Rodelta e da baiana Christine Albiani Alves / Corinna MN Comercial Ramos Faz Atleta.
Na terceira e decisiva rodada, o placar novamente mostrou alto nível técnico com 10 conjuntos sem faltas empatados na 1ª colocação. “Eles vêm evoluindo ao longo da competição. Estou muito satisfeita com o desempenho deles”, avaliou Marina Azevedo, course-designer internacional responsável pelas pistas das categorias Mirim e Junior.
Ao final foram dois os candidatos sem faltas que garantiram um emocionante desempate com atenção total do publico. Primeiro a largar, o jovem talento de Campinas Gustavo Marafon Lopes de Lima, o Guga, com sua JRC Rodelta com muita frieza e categoria imprimiu boa velocidade fazendo pista limpa em 29s03.
Gustavo Mafrafon e sua JCR Rodolta em clique espetacular: foto: Duilio Tupa Vídeo
Com toda a responsabilidade de superá-lo, Fernando Chiarotto Penteado com Arriminum TW acabou cometendo duas faltas em 30s06 sagrando-se vice-campeão. O cavaleiro da Hípica Paulista também chegou em 3º colocado com Império HV, mas, pela regra por já ser vice, subiu ao pódio na 4ª colocação por não poder desempatar com Christina e Corrinna MN, que também fechou a competição em 3º.
O vice-campeão campeão brasileiro Fernadno Chiarotto Pentedo seu com Império honrou as cores de São Paulo; foto: Duilio / Tupa Vídeo